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O que significa estar alfabetizado?
Estar
alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos
escritos em diferentes situações; significa ler e produzir textos para
atender a diferentes propósitos. A criança alfabetizada compreende o
sistema alfabético de escrita, sendo capaz de ler e escrever, com
autonomia, textos de circulação social que tratem de temáticas
familiares ao aprendiz.
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O que é o ciclo de alfabetização?
O
Ciclo da Alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental é um
tempo sequencial de três anos (seiscentos dias letivos), sem
interrupções, dedicados à inserção da criança na cultura escolar, à
aprendizagem da leitura e da escrita, à ampliação das capacidades de
produção e compreensão de textos orais em situações familiares e não
familiares e à ampliação do universo de referências culturais dos alunos
nas diferentes áreas do conhecimento.
Ao
final do ciclo de alfabetização, a criança tem o direito de saber ler e
escrever, com domínio do sistema alfabético de escrita, textos para
atender a diferentes propósitos. Considerando a complexidade de tais
aprendizagens, concebe-se que o tempo de 600 (seiscentos) dias letivos é
um período necessário para que seja assegurado a cada criança o direito
às aprendizagens básicas da apropriação da leitura e da escrita;
necessário, também, à consolidação de saberes essenciais dessa
apropriação, ao desenvolvimento das diversas expressões e ao aprendizado
de outros saberes fundamentais das áreas e componentes curriculares,
obrigatórios, estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental de Nove Anos.
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Alfabetizar é só ensinar a ler e escrever? E a Matemática? E os demais conteúdos?
Não.
O ciclo de alfabetização deve garantir a inserção da criança na cultura
escolar, bem como a aprendizagem da leitura e da escrita e a ampliação
de seu universo de referências culturais, nas diferentes áreas do
conhecimento.
A
aprendizagem da leitura e da escrita deve ocorrer em situações em que
as crianças se apropriem de conhecimentos que compõem a base nacional
comum para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Linguagens, Matemática,
Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso).
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Existe uma idade apropriada para a alfabetização das crianças?
Sim,
a criança deverá estar alfabetizada ao final do ciclo de alfabetização
do ensino fundamental que, nos termos da Lei 11.274/2006 (que ampliou
ensino fundamental obrigatório para 9 anos, com inicio aos 6 anos de
idade), se dá a partir dos oito anos de idade.
As
crianças têm direito de se apropriarem do sistema alfabético de escrita
e, de forma autônoma, de participarem de situações de leitura e
escrita. Aquelas que não sabem ler e escrever textos com autonomia tem
dificuldades para dar continuidade ao processo de escolarização e de
participar de várias situações extraescolares.
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O que orientam as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental sobre o ciclo de alfabetização?
A
Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos,
estabelece, no Artigo 30, que os três anos iniciais do Ensino
Fundamental devem assegurar a alfabetização e o letramento, mas também o
desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o
aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais Artes,
a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência,
da História e da Geografia.
Estabelece
ainda que haja a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a
complexidade do processo de alfabetização e os prejuízos que a
repetência pode causar no Ensino Fundamental como um todo e,
particularmente, na passagem do primeiro para o segundo ano de
escolaridade e deste para o terceiro.
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Há um método específico de alfabetização ou são vários métodos e estratégias?
Existem
vários métodos e estratégias de alfabetização. Todavia, é importante
destacar que as novas demandas colocadas pelas práticas sociais de
leitura e de escrita têm criado novas formas de pensar e conceber o
fenômeno da alfabetização. Portanto, os métodos e estratégias que levam
as crianças a somente apropriar-se do sistema de escrita, encarando-a
como um código a ser memorizado, são insuficientes para suprir tais
demandas.
Em
uma concepção de alfabetização focada na inserção das crianças nas
práticas sociais, podem ser desenvolvidas metodologias que, de modo
concomitante, favoreçam a apropriação do sistema alfabético de escrita,
por meio de atividades lúdicas e reflexivas, e a participação em
situações de leitura e produção de textos, ampliando as referências
culturais das crianças.